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Porque o acompanhamento com um Fisioterapeuta é fundamental no pós-operatório?

Atualizado: 21 de jun. de 2019

Conheça tratamentos específicos, efetivos e seguros para fibroses e aderências na recuperação dos pacientes.



Depois da cirurgia plástica, é importante ter paciência e atenção no período pós-operatório. Esse tempo de recuperação, considerado o “acabamento final” do procedimento, precisa ser acompanhado de perto por um fisioterapeuta. Uma técnica bastante utilizada para auxiliar no processo de reparo tecidual (cicatrização fisiológica) do corpo é a Liberação Tecidual Funcional, conhecida pela sigla LTF. O tratamento é específico para pós-cirúrgico pela alta eficácia contra fibroses e aderências, e por reorganizar e controlar todo processo de reparo tecidual de forma segura.

“No processo cirúrgico, onde é realizado uma lipoaspiração, por exemplo, é gerado uma lesão tecidual. Então, o trabalho é conduzir essa cicatrização e reorganizar os novos tecidos para que não deixem irregularidades”, explica Roberta Velasco, fisioterapeuta na clínica Mirabile.


Qual é a periodicidade adequada?

Roberta esclarece que o pensamento de “quanto mais sessões, melhor” para acelerar o ritmo da recuperação pode ser arriscado. O protocolo, em geral, consiste em fazer duas sessões na primeira semana, depois uma sessão a cada sete dias, e sempre ir reavaliando. Em média, depois de um mês, o paciente está liberado para voltar às atividades.

“Com a LTF, geramos um estímulo de estiramento para organizar as novas fibras de colágeno (fibroses), e precisamos de, no mínimo, 48 horas de intervalo para aguardar a resposta a esse estímulo. Geralmente um estímulo por semana é suficiente”, esclarece.


Sem tratamentos combinados

A fisioterapeuta recomenda que os pacientes não façam outros tratamentos combinados com a LTF, no período de pós-operatório - até mesmo, a conhecida drenagem linfática: “Se não respeitar as etapas do reparo tecidual e cicatrização e gerar excesso de estímulos, é muito provável que gere um novo trauma e ainda mais fibrose”.


Terapias compressiva e descompressiva: bandagens são aliadas na recuperação



Na clínica Mirabile, também são oferecidos tratamentos com bandagens elásticas (taping). Populares entre atletas no tratamento de lesões musculares, as “fitas coloridas” são também usadas na estética depois da cirurgia plástica. Roberta explica que, na terapia compressiva, a finalidade é parecida com a das malhas cirúrgicas - com a vantagem de serem mais uniformes e adaptáveis ao corpo. “No pós-operatório imediato, usamos as bandagens para comprimir a região operada. A função compressiva é limitar o espaço da lesão e conseguir controlar melhor as fases do reparo tecidual, a cicatrização, controlando melhor o edema (inchaços) e evitando seromas. Além de diminuição da dor”, conta.

Já a terapia descompressiva é utilizada para auxiliar na drenagem linfática, auxiliando a conduzir os líquidos para os linfonodos. No tratamento, o fisioterapeuta não coloca nenhuma tensão no tape e, assim, consegue “elevar" um pouco a pele - e faz com que o sistema linfático tenha mais espaço, drenando com mais facilidade. “O tape também tem apresentado ótimas respostas para tratamentos de cicatrizes”, destaca Roberta. “A avaliação profissional é o momento de entender qual tratamento funciona melhor para cada paciente, naquele momento. Pessoas com idade avançada ou pele mais sensível podem ter dificuldades nos tratamentos com bandagens”, finaliza.

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