No verão, é comum o deslocamento até a praia ou viagens a pontos turísticos para aproveitar ao lado da família e dos amigos. Nessa época, é preciso ter um cuidado redobrado com a alimentação, pois é quando há um aumento significativo nos casos de intoxicações alimentares.
Convidamos o Gastroenterologista, Dr. André C. Wortmann, da Mirabile, para falar sobre as causas e como se prevenir dessas contaminações.
Quais as causas e como é transmitida a intoxicação alimentar?
As infecções gastrointestinais podem ser causadas por agentes infecciosos, como vírus, protozoários, bactérias e suas toxinas.
A transmissão ocorre por meio de água ou alimentos contaminados. Por essa razão, locais de grande circulação, como bares e restaurantes são considerados potenciais transmissores entre essas fontes de contágio.
Quais são os sintomas?
A maioria dos casos se manifesta por meio de um conjunto de sintomas, como diarreia, náuseas, vômitos, desconforto, dor abdominal e febre. Além dessas queixas, também podem ocorrer outras manifestações. “Tratam-se de sintomas inespecíficos e que devem ser avaliados frente ao contexto clínico de cada caso, pois também podem estar relacionados a outros tipos de doenças”, ressalta Wortmann.
O médico explica que boa parte dos casos conta com sintomas de caráter autolimitado e os pacientes melhoram antes mesmo de procurar atendimento. “Em muitos casos, a avaliação médica através da obtenção da história clínica e realização do exame físico já permite uma adequada avaliação diagnóstica e o respectivo manejo clínico”, aponta.
Porém, é preciso ter uma atenção especial com grupos que apresentam o sistema imunológico mais vulnerável e que, nessas situações, devem procurar atendimento médico com urgência.
São eles:
Crianças;
Idosos;
Portadores de doenças crônicas;
Gestantes;
Pacientes em tratamento com medicamentos imunossupressores e quimioterápicos.
Quais as recomendações para evitar intoxicação alimentar?
Muitas vezes, não é possível evitar o contato com microorganismos causadores de intoxicações alimentares. No entanto, alguns cuidados podem diminuir as chances de exposição a esses agentes. Confira!
Higienização das mãos: Lave suas mãos com água corrente e sabão, especialmente após usar o banheiro, trocar fraldas, ter contato com animais e antes de mexer em alimentos e cozinhar.
Água: Cuidado com a água ou gelo que for ingerir. Em caso de dúvida sobre a sua procedência, é recomendado ferver a água ou tratá-la com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% pelo menos 30 minutos antes de consumir.
Banhos: Evite banhos em rios, lagos, mares e piscinas com água suspeita de contaminação ou em condições impróprias para banho.
Alimentos: Tome os cuidados necessários com o manuseio, armazenamento e preparo de alimentos. Veja mais detalhes neste artigo do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por-alimentos
Outra questão importante é a prevenção da transmissão da infecção do paciente com sintomas de diarreia ou vômitos para familiares, amigos ou colegas de trabalho.
“Os cuidados necessários incluem limitar ou evitar o contato com os demais até a melhora clínica, e, necessariamente, a adoção de medidas como a frequente higienização das mãos”, destaca Wortmann.
Gostou das dicas? Então compartilhe essas informações e aproveite o verão com a saúde em dia. Até a próxima!
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